sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Choramingo

Ninguém me entende (deus vê pra que eu não minta)
Parece que eu me comunico em idioma de gringo
Sou mal interpretado de segunda a quinta
E incompreendido na sexta, sábado e domingo.

Tenho que pintar o sete sem dinheiro pra tinta
Tenho que carregar água no cesto e dar nó em pingo
Quanto mais eu falo de amor, mais ele me finta
Despreza, ignora, rejeita... mas eu não me vingo.

Ninguém entende meu verso, minha prosa sucinta
Qualquer um vence... dá xeque-mate, grita: bingo!!!
(deus está de prova pra que eu não minta).

E eu, aposto tudo no amor e perco, mas não xingo
Se abrirmos as pernas pro amor
Tomamos no furigolingo.

Bjim no peito



Com o olhar eu busco o seu busto
Suspeito que seus peitos nus são belos
Que são lindos vestidos, sei-os sim
Pra despeito doutras, dez pros seus peitos.

Genialidade

Genialidade
é ócio
é ódio
é óbvio

Fera

Me chame de cachorro
Me chame de macaco
Me chame de gazela
Me chame de boi
Me chame de cavalo
Me chame de burro
Me chame de anta
Me chame de barata
Seja racista, preconceituoso ou brincalhão...
Só não me lembre que eu sou ser humano
Nem me chame de “cidadão de bem”
Que eu viro fera