(terça-feira,
9 de abril de 2013)
Parece
cocaína, mas é só tristeza
Os
nervos à flor da pele, ímpeto
A
impressão de que não se é daqui
Quiçá
de algum planeta vermelho
Dá
uma vontade de virar a mesa.
Eu
estou cheio da droga do amor!
O
amor deixa-me tonto tonto
Mal
escrevo versos de amor
A
euforia dá lugar a estiola
Não
quero mais amar e pronto!
Carreira
de versos sobre o papel
Resiste
ao vento vindo da janela
Logo
passo a caneta sobre a folha
Desprendo
os riscos de palavras
E
vou cheirando cada uma delas.
Parecia
inofensivo, e me dominou
Vou
tragando a vida, e ela a mim
Ajo
primeiro e penso depois...
E
assim meto os pés pelas mãos
E
o carro na frente dos bois.
Carneiro
de cabeçada vigorosa
Nunca
dispensa uma boa briga
Áries
é pugilismo não é yoga
Sentimentos
esmurrando razão
Palavras
agressivas como droga.
O
que não me mata me fortalece
Acendo
um cachimbo da guerra
E
visto uma armadura de fogo
Que
aquece quem está comigo
E
queima quem se faz inimigo.
Intrépido
senhor dos metais
Que
forja a fogo a própria espada
Cercado
de Nicotiana e rum
Embriaga-se
de bravura e tirania
Afunda
na terra e não morre.
Senão
nós, a guerra não seria feliz
Viveria
a procurar alma corajosa
Paz
sem voz não é paz; o que se diz
O
medo paralisa as cordas vocais
E
overdose de medo é perigosa.
Relação
confusa entre Bela e Fera
Misto
de medo e fascinação. Seja
Em
vida real ou em conto de fadas
Conquista
é poder de persuasão
Discussões
viram enlevo erótico.
Possuídos
pelo fantasma do ópio
Emanam
Síndrome de Estocolmo
Com
engenhosidade e elequência
São
anjos déspotas, autoritários, com
Olhar
de suplica, ameaça e adoração.
Estranho
anjo do drama; os arianos
Trazem
sempre nas mãos a espada
E
suas seringas cheias de mágoas
Injetando
rebeldia, licenciosidade
Amor
e ódio na corrente sanguínea.
Psicodelia
poética da minh’alma
Não
explica tudo que sinto, mas
Certamente,
isso me acalma
Explico
todas as cores para cegos
Mas
não ouso som de palmas.
Os
arianos não mudam de idéia
Os
arianos mudam de impulso
Pensamento
confunde-se com ação
Crises
existências é um perigo
Arrancam
orelha, cortam pulso...
Nativos
com o girassol em Áries
São
esbanjadores de sentimentos
Desesperados,
por vezes trágicos
Também representam renascimento
Criação
e invenção - quase mágicos.
Tem
enorme pulsação pela vida, mas
Sem
a verve de cada dia sofre inanição
Eu,
ele, nós. Somos assim: andarilhos
Errantes,
pedintes por profissão; V o l á
t
e i s, viciados pelo êxtase da paixão.
Tinha muitas pedras no caminho
Que
nas palavras tornei-me crack
Vadio nas idéias, nobre vagabundo
Ariano
torto, vagabundo nato que
Quando
não gosta... cospe no prato.
Onde
há fumaça há fogo
Mesmo
que seja fogo de palha
Fumar
a vida causou-me dependência
Afeta
os meus neurônios
E
entorpece minha inteligência.
Somos
cansativos, mas não insípidos
Se
estiver com náusea, pede para sair
Com
Áries é oito ou é oitenta
Não
existe meio termo conosco
Só
entra na brincadeira quem aguenta.
Mentiras
e hipocrisia desorientam-nos
Apoiamos
boas causas e idéias novas
Possuímos
sensibilidade artística
Forte
senso de justiça, liberdade e
Mente
aberta - pouco preconceituosa.
Signo
conjugado: eu quero!
Se
é para ser que seja agora; já!
Exigente
com os outros e consigo...
Sabe
mandar como ninguém
Mas
prefere fazer do seu jeito.
Espírito
altamente competitivo
São
ambiciosos por natureza
Querem
fama e sucesso no intento
Mas
não almejam luxo e riqueza
Apenas
poder e reconhecimento.
Habilidosos
ladrões de atenção
Chegam
botando pra quebrar
Inventam
suas tiradas engraçadas
Exalam
entusiasmo, espontaneidade
E
lançam perfumes no ar.
Seres
esquisitos, altamente intuitivos
Viscerais,
coléricos às vezes egoístas
Amados
e odiados no mesmo motivo
Levam
a vida com originalidade
Independência,
dedicação e ousadia.
Pessoas
ao redor nunca entendem
O
sincero nem sempre é grosseiro
Coragem
não é imprudência
Autoconfiante
não é sobranceiro
E
determinação não é só teimosia.
Sou
tudo aquilo que faço - fissurado
Dependente
léxico crônico
Uso
poemas para fazer a cabeça
Mas...
não não não. Não quero mais
Ir
na contramão; remar contra a maré.
Por
hoje basta apenas um cafezinho
Forte
e amargo, bem como a vida é
Sonolência
eu sempre tive de sobra
Não
é a cafeína que me tira o sono
Viver nesse mundo que
é uma droga!