sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

A outra metade da maçã


Fiz um pacto com a coruja-diabo:
um poema de sangue
pelo amor daquela mulher...

A coruja-buraqueira me prometeu:
por viver na mesma condição que eu
que estaria comigo pro que der e vier.

A coruja-das-neves me ensinou
a suportar noites em branco
sem o calor de um bem-me-quer.

A coruja-transformer também topou
transformar-se em versos para ela
mas na hora deu migué.

Do alto do campanário uma suindara
assegurou-me bastante oração
ao deus das corujas,

Para que a moça de beleza rara
ao ler meus clichês
arraste suas asas no chão.

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