quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Universo e tara


Meu espaço passo a passo acometido
Engenho capilar luminoso, estro poético
Corpo celeste de calcinha e vestido
Atraído por um campus magnético.

Ramificação estelar, brotos de samambaia
Plantas, planetas, art nouveau sideral
Estrela cadente alheia da praia
Que se precipitou na selva de pedras.

Sua cabeleira formou-se em chamas
Eventualmente alimentada por ventania
Banha-se de satélite – natural!
Chama de pai, o sol; outras estrelas, de tia.

Tomada pela beleza casual de um astro
Anseio que a minha desastrada poesia
Se meta em seu poderoso rastro
E cometa poemicídio.

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