Quem
é o seu poeta favorito?
Será
aquele a quem você pode oferecer flores em vida,
ou
pode senti-lo se revirando de indignação,
por
qualquer motivo, não dentro de um caixão,
mas,
de perto, em carne e osso?
Às
vezes com predominância de osso, mas ainda vivo!
Ou
será aquele que você pode xingar, beijar, abraçar,
apertar
a mão, contestar e até questioná-lo
sobre
o que ele queria dizer com aquele poema?
E
com um pouco de sorte não ouvi-lo dizer:
“Eu
também queria saber...”
Será
um poeta que você poderá não somente
discordar
ou concordar com as suas idéias,
mas
também influenciar, inspirar, e quem sabe até
ser
o tema de um poema inteiro?
Aquele
que você poderá chamar de amigo;
Que
está próximo no tempo e no espaço;
Que
não desconhece a sua existência;
E
pode até falar mal de você, mas fala de você,
porque
não ignora a sua pessoa.
Talvez
o seu poeta favorito seja...
aquele
que você pode convidar para um café, um sorvete,
uma
visita à igreja ou uma cervejinha no Rio Vermelho;
Aquele
que você pode ligar a qualquer hora do dia ou da noite;
Aquele
que você pode mandar uma carta um email
dizendo:
Eu te amo!;
dizendo:
Eu te odeio!
Não
sei... Qualquer coisa...
Sem
mais rodeio
Este
é um poema com curto período de validade.
Depois
de lido, no nosso caso,
utilizar
suas sugestões só até o dia da minha morte.
Quando
me juntarei aos inacessíveis de verdade.
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