quinta-feira, 9 de abril de 2015

Bate-bola


Deixar o pseudo-evangélico sem palavras (sagradas)
“Poesia não se faz com palavrinhas, mas com palavrões.”
Deixar o protestante sem palavras (de ordem)
“Derrubar ídolos - isso sim, já faz parte do meu ofício.”

Deixar o palhaço iludido sem palavras (mágicas)
“O sábado é uma ilusão.”
Deixar o entretido sem palavras (cruzadas)
“Quem mata o tempo não é assassino, é suicida.”

Deixar o machão sem palavras (de homem)
“Passarinho que muito canta, caga no ninho.”
Deixar o falador sem palavras (de honra).

Deixar o reacionário sem palavras (na ponta da língua)
“Meu ofício é dizer o que penso.”
Abrir mentes fechadas apenas com palavras (chave).

Nenhum comentário:

Postar um comentário