Poesia
é o colírio em meus olhos
Fazendo-me
ver demais;
É
ter musicas ao ouvido
Mesmo
quando ninguém canta;
É
sentir um nó na garganta
Quando
algo não cheira bem
(Espernear,
gritar, chorar);
Dar
asas a imaginação e voar
Até
pegar o sol com a mão.
Ler
cansa a minha visão;
Alimentos
gordurosos irritam
A
minha garganta;
Mergulhar
profundo irrita
Meus
órgãos auditivos
(eu
só mergulho de cabeça);
Pimenta
irrita meu órgão olfativo;
Sol
forte agride a minha pele;
E
alguns amigos me irritam demais.
Porque
algumas coisas que gosto
é
capaz de me irritar tanto?
Tudo
isso não faz sentido algum
Poesia
é o que eu faço nos bastidores
E
você não vê;
É
o barulho do meu silêncio
E
você não consegue escutar;
É
o que eu escrevo e você finge
Que
não toca o seu coração;
É
o aroma da minha sopa de letrinhas
Que
te faz sentir todos os dias
Esse
gostinho que quero mais.
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