Quando um poema vem até mim
Faço
uma festa entre quatro paredes
Uma
festinha a dois na madrugada
Onde
danço até gastar a caneta.
São
passos sem ensaio - no improviso
Com
muitos rodopios, saltos, piruetas
E
um apagar e acender incessante de
Lâmpadas
fluorescentes - o galo canta.
Bebida,
só há café; bebo bem quente
Cuidadoso
pra não queimar a garganta
E
volto faceiro para mais uma dança.
Nesta
festa não há palavras doces
Apenas
salgadas, como suor e lágrimas
Pois,
a noite não é mais uma criança.
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