Esse ano nunca esteve azul
Mas
vou abrir esse mar sozinho:
Trezentos
e sessenta e cinco km
Com
peixes-pedra no caminho
Esse
ano nunca esteve pacífico:
Fiz
tempestade em copo d’água
Peguei
canoa furada, nau frágil
Sem
bonança nem trégua
Esse
ano nunca esteve azul
Mas
vou naufragando na internet:
Desconhecendo
o meu norte ou sul
Meu
leste ou oeste
Esse
ano nunca esteve pacífico
Glacial,
índico ou atlântico
Mas
além do cruzeiro dos loucos
Espero
por um cruzeiro romântico
Nenhum comentário:
Postar um comentário