sexta-feira, 21 de junho de 2013

Deus dos brinquedos


Não penso que exista apenas
Um único deus onipresente
Também não penso que exista
Somente meia dúzia de deuses
Espalhados, vagando por aí.

Se deus está dentro de nós,
E vivo - como acreditamos
Há uma possibilidade de que
Haja não um único deus por aí
Mas, aproximadamente,
7 bilhões de deuses no mundo.

Cada deus com o seu indivíduo
E suas personalidades
Afinal, o meu deus não permite
Que eu leve o sorvete à boca
Com a mesma paixão que
O seu lhe permite.

Se até as bonecas, inanimadas,
Na gôndola da loja de brinquedos
Ganham personalidade própria
Nas mãos das meninas!

(Umas vivem bem vestidas,
Penteadas e perfumadas;
Outras andam nuas, despenteadas,
E vivem bem mesmo sem braço
Ou sem uma perna
Quando não perdem a cabeça!)

Se até os carrinhos, inanimados
Na gôndola da loja de brinquedos
Ganham personalidade própria
Nas mãos dos garotos!

(Uns pensam que são avião e
Podem voar de um lugar pra outro;
Outros precisam de cordinhas
Ou de um empurrãozinho para
Que saiam do lugar onde estão.)

Meu deus é brincalhão
Eu que já estou ficando velho.

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