quarta-feira, 19 de junho de 2013

Quase um clássico


Meu irmão e eu:
O carteiro e o poeta
Ele: conhecido como sabiá
Eu: estou mais para pardal zureta.

Ele: entrega correspondências
Numa moto amarela
Eu: não entrego nem meu coração
E levo a vida na banguela.

Ele: anda sob sol e chuva
Pelos bairros e suas ruas
Eu: ando nas nuvens
Com a cabeça no mundo da lua.

Sempre tem alguém esperando por ele
Muitos cães, pelo menos o odeiam
Quanto a mim, nem isso!
Poucos sabem que eu existo.

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