Distribuo o meu peixe de porta em porta
O
peso do balaio é grande; a estrada é longa
A
minha coluna já está torta torta.
Dou
o peixe e ensino a pescar, passo a passo
Mas
nem sempre a maré está pra peixe
Tem
que remar com fé de março a março.
Não
pesco qualquer peixe, por isso o corre-corre
Pesco
peixe-ilusão, pesco peixe-sonho...
Mas
não vendo nada e sou pobre, pobre, pobre...
Com
as redes da poesia pesco peixe-quero-quero
Já
pesquei também tubarão-sardinha
Não
é história de pescador, tampouco lero-lero.
Assim
que é o meu dia a dia:
Remando
contra maré; caminhando contra o vento
Como
diz a canção alegria, alegria.
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