Cinco primaveras sem meu bem de jardineira
Borboletas
e colibris fazem greves de beijos
Os
zangões se zangam por qualquer besteira
E
depois dos motins sou motivo de motejos.
Cinco
verões que saio para ver o pôr do sol
Sempre
acompanhado do meu amor próprio
Invejo
casais felizes jogando seu frescobol
E
conto os grãos de areia em microscópio.
Cinco
outonos com chão repleto de pétalas
Ao
desfolhar mal me quer, mal me quer
A
brisa serena vai formando as mandalas.
Por
quatro invernos mais que eternos
Durmo
de conchinha com o meu amor próprio
Mesmo
com um pé no quinto dos invernos.
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