domingo, 1 de dezembro de 2013

Plano para invadir a lua na virada


O poema é uma obra de arte, de fato,
Perco a noção do tempo quando o escrevo
Pois fabrico minucioso artifício - artefato
Para invadir mentes (que não devo).

Certo de que um poema descarta bomba...
Perco a noção do perigo quando o escrevo
Pois sua potência equivale a dez bilhetes-bomba
Para explodir corações de pedra (que não devo).

Meu plano é invadir de uma vez a gélida lua
E, com sorte, derrubar algumas estrelas
No dia 31 de dezembro, com o povo na rua.

É difícil arranhar céus e ozônicas cidadelas
Mas explodirei a abóbada celeste, supérflua,
E com multidões nas ruas escondo-me nelas.

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