O poema é uma obra de arte, de fato,
Perco
a noção do tempo quando o escrevo
Pois
fabrico minucioso artifício - artefato
Para
invadir mentes (que não devo).
Certo
de que um poema descarta bomba...
Perco
a noção do perigo quando o escrevo
Pois
sua potência equivale a dez bilhetes-bomba
Para
explodir corações de pedra (que não devo).
Meu
plano é invadir de uma vez a gélida lua
E,
com sorte, derrubar algumas estrelas
No
dia 31 de dezembro, com o povo na rua.
É
difícil arranhar céus e ozônicas cidadelas
Mas
explodirei a abóbada celeste, supérflua,
E
com multidões nas ruas escondo-me nelas.
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