quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Soneto a uma poetisa


Sabes que por teu apreço me empenho!
Diz-me o que poderei eu dar-lhe, poetisa
Se palavras e palavras é tudo que tenho
E palavras tens de sobra – não as precisa.

Há tantas cores em tuas prosas poéticas
Que um coração atingido, logo se matiza
E dispara em sensações psicodélicas
Quando rola química forte que catalisa.

Se canídea: és loba; se felina: és tigresa
E é como tais feras que tudo realiza
Destroça-nos sem nada perder na beleza.

Diz-me o que poderei eu dar-lhe, poetisa
Se palavras e palavras são a minha riqueza
E palavras tens de sobra – não as precisa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário