sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Castelo de ideias






Poesias são erupções de sentimentos
Percepções transformadas em palavras
usadas como brinquedos que, pela criança,
são espalhados pelo chão.

Desordenadamente
Espalho algumas palavras no papel
Faço que dancem uma musica qualquer
Imagino um quebra-cabeça
E posso ver nele o que eu quiser.

Desta vez montarei uma harpia, que voa livre
entre as árvores na Amazônia.

Com seu voo acrobático em florestas fechadas
a gigante das matas não precisa alcançar as alturas
para impor sua realeza
Nenhuma se compara a ela
Sua linda plumagem, força e habilidade
Se fosse uma pintura seria a própria beleza.

Êba! Encontrei minha massinha de modelar
Usarei a cinzenta, e moldarei versos pra você
Para brincar não preciso de talento e vocação
É só deixar fruir os sentimentos que trago no coração.

Cansei desta brincadeira!
Vou pegar agora minha caixinha de lexemas
Tem variedade de cores e formas para usar
Montarei um castelo de ideias.

Escrevo, monto e moldo
Sempre com liberdade para errar
Com uma borracha pode-se apagar
Se for à caneta eu posso rabiscar
E Ctrl Z para desfazer, após digitar.

Castelo de areia eu não construo mais
Ainda me lembro daquele dia...
Ergui um tão lindo, que naquele meio
não tinha igual.
Esperei que as ondas o destruíssem
Para minha surpresa
Elas gostaram, molharam
Mas nenhuma o derrubou.

Não esperava que pés o fizessem
Por maldade ou distração
Vieram, com apenas um chute
e colocaram meu castelo no chão.

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