Um
mar azul cobre a minha cama
Da
cadeira eu observo atentamente
a
silhueta acentuada de um monte imponente
Que
a cada hora parece estar numa posição nova
Como
se se movimentasse, criando formas diferentes
Cada
uma mais bonita do que era antes...
Ao
Norte o mar é outro
Não
é mais azul - é negro, revolto
As
ondas que banham aquela parte
cria
um belo contraste com a cor do monte
Que
durante a noite é mais escuro;
Ao
sol do meio dia é um tanto pardo,
entre
o amarelo e o castanho claro,
é
clarinho
Ao
crepúsculo não é mais pardo,
é pardinho
Às
vezes tenho a impressão que
a
cordilheira também olha para mim
E
são olhos vivos, febris, lascivo
de
contorno amendoado
do
qual tento fugir,
mas
encontro-me sempre encurralado
É
curva pra tudo que é lado!
Do
Leste ao Oeste, do Norte ao Sul
Todo
o contorno da minha cordilheira é saliente
Perecem
lábios aquele biquinho lindo
que
lembra-me o de uma mulher pouco contente
Agora
pergunto para mim mesmo, entredentes
Como
pôde Deus nos provocar
criando
cordilheiras tão atraentes?
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