Parei para escrever,
nem
sabia direito sobre o quê.
Porém,
na folha,
que
era de papel, surgiram,
de
repente, um bando de palavras-lagartas
em
forma de riscos, rabiscos,
garrancho
e
versos latentes.
Sem
inspiração, chateado,
imaginei
que era só mais um
poema
meia-boca,
bicho
feio, menosprezado.
Fiz
uma bolinha com a folha e
lancei
de qualquer jeito para o lado.
Caiu
debaixo da cama
e
eu a esqueci.
Dias
depois a encontrei
e
não lembrei de que se tratava.
Então
desamassei para examinar.
Para
minha surpresa, na folha
não
havia mais as palavras-lagartas
que
eu tinha deixado lá.
No
lugar de um poema crisálida
eu
via agora um belo panapaná.
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