No
inverno só tomo banho gelado.
Gosto
de dormir sem camisa,
sem
travesseiro e sem cobertor.
Mesmo
no verão não simpatizo
com
ar-condicionado e odeio ventilador.
No
“buzão” o meu assento preferido é o que tem algum raio de sol.
Quando
estou com muita disposição,
ou
nenhum dinheiro,
faço
a pé caminhadas extensas,
pois
não tenho se quer um “camelo”.
Não
entendo porque ando com tanta pressa
para chegar a lugar nenhum.
No
trabalho uns dizem que sou faquir,
devido
ao meu desinteresse por lanche
e
alimentação durante as longas jornadas...
Dois ou três noites sem dormir não é tão
difícil.
Um
fim de semana inteiro dormindo também não é.
Nunca
cruzei nenhum deserto a pé.
Tampouco
suportaria um jejum de quarenta dias
como
prova de resistência.
Nunca
tomei picada de cobra alguma.
No
máximo a de um de seus piolhos.
Não
sou nenhum monge maometano,
adepto
do islamismo ou do hinduísmo,
mas
sei me castigar como ninguém.
Não
durmo em cama de pregos nem caminho sobre vidro.
Não
ando sobre facas,
mas
todos os dias tenho que
esmurrar
a ponta de uma, pelo menos.
Não
vivo de esmolas.
Nem
as quero em troca dos meus versos.
Nesta
vida só peço o que mereço.
Sofrimento
é sinônimo de paixões e desejos.
Gozo
de muitos prazeres.
Assim,
sou escravo de todos eles.
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