Não há mais luz no fim do túnel
Pois
já se apagou há muito tempo
sem
deixar pista
Isso
não me impressiona!
Saí
para caminhar “à pleine aire”
O
sol bateu com violência em minha cara
Só
pude observá-lo, lentamente, indo embora
E
me vi em um quadro impressionista.
Sem
perspectiva, meu último plano foi
não
fazer mais planos
Desde
então, coloquei todos os meus planos
numa
espécie de quadro cubista
Donde
posso vê-los por todos os ângulos
em
uma superfície plana feito uma folha papel.
Pinto
a velocidade num ambiente bucólico
Mas
não é composta por bites, carros, máquinas
Nada
referente ao advento tecnológico
Represento-a
num cavalo a galope, que deixa marcas,
traços
no espaço por onde passa
Mas
que não segue a risca,
métrica
e rima,
pois
é como “palavras livres”, correndo
o
risco de ser visto como futurista.
Só
escrevo coisas do coração
Que
se sente e não se explica
Então
está explicado!
Não
é por conta da caligrafia que
não
compreendem
meus
poemas abstracionistas.
Sou
ariano torto, exagerado
Quem
se mistura com porcos, farelo come,
diz
o velho ditado
Quando
eu atacar o capitalismo
pegue
seu iPhone 5 e saia, correndo, do seu lado
É
lei: Para toda ação há uma reação
Nonsense
é criticá-la
e
só nela enxergar agressão.
Sigo
meus instintos
Sou
Midas ao avesso
Tudo
que toco se dissolve
Escorre
por entre os dedos
Não
consigo segurar as palavras nos versos
E
elas voam como um gavião surreal.
Antropofagia
Como
“Abaporu”, alimento com a avareza,
com
a ignorância e a insensatez
entranhada
na carne humana,
os
versos da minha poesia.
Os
pingos de lágrimas
que
escorrem pelo rosto do poeta
borram
os versos
Meio
sem querer, partindo do zero,
transforma
numa harmoniosa
pintura
de ação,
respingos
de trauma, experiência e frustração.
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