Terei uma eternidade para fazer silêncio
E
a minha voz ainda não aprendeu a fazer barulho
Então
que a escrita, mesmo manca, tome o seu lugar.
O
vento que leva as minhas palavras
é
o mesmo que trás as suas pra cá
Suas
palavras me golpeiam
Mas
é o seu silêncio que vai me matar.
Rabisquei
palavras em um papel velho e o joguei no meio da rua
O
vento brincou com ele, mas não o levou até você
Então
cansei de esperar...
Peguei
de volta e joguei pela janela, após digitar
Em
uma fração de segundos
as
palavras estavam dentro do seu lar.
Se
o vento pode levar palavras
para
levar as minhas será preciso uma ventania
Vou
dizer o que você não quer ouvir, mas precisa:
Amarre
bem as palavras
Para
que elas não se percam em uma suave brisa.
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