Os
muros que levantei, sem prumo, sem nível e nem linha
No
olho. Não ficaram tortos e ainda estão de pé
Ninguém
disse que eu não podia...
Quando
tomei choques, enfrentei vazamentos e infiltrações
Ergui
o patamar em três degraus e duas paredes sólidas
Ninguém
duvidou que eu conseguisse...
As
mesas que servi; os carros que abasteci
Os
andares de sonos que velei na madrugada
Com
o meu corpo franzino
Ninguém
perguntou se eu queria...
O
chão que varri; o banheiro que limpei
A
geladeira; os pratos e as roupas lavadas
Minha
mãe não disse que não deveria ser feito...
Depois
de um dia inteiro capinando
Arrancando
o mato, carregando barro
Em
troca do sorriso dá avó
Não
duvidaram da minha força...
Então!
Deixem-me
pensar como quero... Deixem-me dizer
Não
queiram embotar a minha única alegria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário